As expectativas pouco favoráveis para 2017 afetam o bolso de todos, afinal não há quem não seja atingido pela inflação, juros altos e alta do dólar
Da mesma forma que os pequenos empresários estão montando estratégias de sobrevivência para o próximo ano, os administradores de condomínio também devem se preocupar com os efeitos da economia, que prometem aumentar o índice de desemprego, que, por sua vez, provavelmente puxará o índice de inadimplência entre condôminos. Diante de um quadro desses, adotar um sistema de gestão financeira seguro e descomplicado é a melhor forma de manter as contas em dia e se resguardar de futuros aborrecimentos.
Da mesma forma que uma empresa, o condomínio não pode abrir mão da sua receita, que é a taxa paga pelos moradores. Sem ela não há benfeitorias, consertos, reparos – nem árvore de Natal. É preciso, no entanto, que haja um controle perfeito sobre o fluxo de caixa através de um sistema de gestão financeira que forneça todas as informações necessárias em interface intuitiva e descomplicada e que possa ser acessado a qualquer momento, sanando todos os tipos de dúvida.
Apenas com uma administração organizada é possível saber com precisão onde está a falha no orçamento do edifício. Em casos de acordo com inadimplentes através do parcelamento de cotas, por exemplo, os valore só devem ser lançados como entrada após o pagamento ser efetivado, ou seja, depois da quitação do débito. Lembre-se que a inadimplência só termina quando é paga a última parcela e que a expectativa de quitação não deve ser registrada como entrada no fluxo de caixa.
Por outro lado, a compra de materiais e insumos deve ser rigorosamente colocada no sistema, mas não esqueça de fazer uma pesquisa cuidadosa sobre preços, quantidades e descontos. Lembre-se que só vale a pena comprar grandes quantidades de produtos de limpeza, por exemplo, se o desconto oferecido for significativo. Fora isso é mais negócio reter o valor correspondente – você não reduz o fluxo de caixa e ainda pode encontrar mais em conta no mês seguinte, talvez com outro fornecedor. Se for preciso adquirir material de construção para obras e reformas, procure negociar prazos, ganhando no parcelamento sem juros, mesmo que seja em poucas vezes.
Assim forma você fica com o orçamento mais maleável e mantém o fluxo de caixa em dia. Além disso, atenção na hora de negociar a obra: além de checar as credenciais da empresa, procure deixar bem claro de quem será a responsabilidade em caso de retrabalho. Outra boa saída para driblar os tempos de crise é aplicar o dinheiro que está parado, mesmo que seja por apenas um mês. Em tempos de superávit primário provavelmente a melhor opção será a poupança, mas converse com o seu gerente e analise todas as opções.
Mas não esqueça de fazer o lançamento diário de todos os gastos, fazer um planejamento orçamentário para pelo menos três meses e adquirir um sistema de gestão de financeira onde todas as informações sejam colocadas de forma fácil e segura e possam ser acessadas rapidamente. Dessa forma você evita aborrecimentos nas reuniões de condomínio, mantém as contas em dia e pode tomar decisões estratégicas com base em informações reais e atualizadas. Contra a crise, nada melhor do que a organização e o planejamento.